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A inteligĂȘncia segundo a NeurociĂȘncia

  • Foto do escritor: Marli Nunes
    Marli Nunes
  • 12 de ago. de 2021
  • 3 min de leitura

A inteligĂȘncia humana pode ser vista como um constructo psicolĂłgico integrante ou “guarda-chuva” para uma gama de teorias e pesquisa na psicologia positiva. VĂĄrios estudiosos, cientistas e psicĂłlogos criaram teorias para tentar explicar este tema tĂŁo complexo e envolvente que abarca o potencial humano e nos coloca como portadores de diferentes inteligĂȘncias. Segundo o psicĂłlogo Robert J.Sternberg:

...a inteligĂȘncia refere-se tanto a capacidade de aprender com

a experiencia por meio de processos metacognitivos que

incrementam aprendizagem como a capacidade para nos

adaptarmos a ambiente.


Em sua teoria TriĂĄrquica, ele fala em trĂȘs tipos de inteligĂȘncia: a analĂ­tica, a criativa e a prĂĄtica que sĂŁo substancialmente relacionadas uma com a outra.A abordagem da Teoria TriĂĄrquica tenta englobar experiencias do mundo interno do indivĂ­duo, suas experiĂȘncias existentes e as que venha a possuir e a adaptação, configuração e seleção do ambiente que este individuo vive. Um de seus objetivos Ă© auxiliar na exploração do ser em se adaptar, moldar e selecionar ambientes diĂĄrios (inteligĂȘncia prĂĄtica). A inteligĂȘncia prĂĄtica Ă© diferente do tipo da inteligĂȘncia associada ao sucesso acadĂȘmico. Vemos pessoas bem sucedidas no trabalho ou encontramos pessoas com bom desempenho em testes de inteligĂȘncia que parecem inaptas em suas interaçÔes sociais, bem como encontramos pessoas com baixo desempenho em testes, que podem se dar bem em relacionamentos.


No Ăąmbito interno enfatiza o processamento da informação em trĂȘs momentos: primeiramente de como planejar, monitorar e avaliar a solução de um problema. Em segundo momento precisamos empregar o metacompomente (como explorar o caminho decidido) e em terceiro resolvemos o problema. No Ăąmbito da experiencia, utilizamos o que jĂĄ temos de bagagem de vida para compor a anĂĄlise do problema, e Ă  medida que determinada situação se torne familiar fica mais fĂĄcil e automĂĄtica sua resolução. E com relação ao mundo externo, a teoria entende que precisamos nos adaptar a trĂȘs nĂ­veis de funçÔes no contexto do mundo real: a de nos adaptarmos a ambientes externos, a de moldar os ambientes e criar novos ambientes, e a terceira Ă© de selecionar os ambientes. Por exemplo, quando chegamos numa nova empresa verificamos o ambiente, analisa as pessoas que irĂĄ conviver, seu chefe e o trabalho em si. VocĂȘ se molda ao jeito da empresa e escolhe com quem se relacionar, mas se nĂŁo estiver satisfeito, escolhe sair deste ambiente se desligando da empresa.



A InteligĂȘncia TriĂĄrquica nos ajuda a entender qual inteligĂȘncia aplicar de acordo com os diversos tipos de problemas. Uma pessoa inteligente nĂŁo se destaca necessariamente em todos os aspectos inteligĂȘncia. Ela pode conhecer seus pontos fortes e fracos e utilizar dos fortes para se destacar e ter vantagens em determinadas atuaçÔes, bem como compensar e corrigir seus pontos fracos. Esta teoria ajuda nos estudos e pesquisas de enquadramento conceptual Ă  implementação de programas de instrução e de proporcionar a todos os estudantes oportunidades de desenvolvimento mais diversificadas. 

Analisando todas as teorias jĂĄ estudadas atĂ© o momento (dentre os estudiosos e pesquisadores: Alfred Binet, Willian Stern, Wechsler, Charles Spearman,Louis Thurstone e Gardner) quem caminham hĂĄ quase dois sĂ©culos de estudos, vemos que foram bases imprescindĂ­veis para o avanço da ciĂȘncia, tecnologia e para educação atĂ© o momento para entendimento deste rico tema. O ser humano atingiu um conhecimento sobrevivĂȘncia e domĂ­nios, inegavelmente por causa da inteligĂȘncia. Avaliar situaçÔes novas, aprender com os erros do passado e criar novos padrĂ”es de pensamento contribuĂ­ram, grandemente, para a capacidade global do ser humano de adaptação a novas situaçÔes e transmissĂŁo da aprendizagem Ă s novas geraçÔes.


O ponto que coloco aqui Ă© a questĂŁo de como julgar um ser como inteligente ou nĂŁo, precisar ir muito alĂ©m de testes e julgamentos e passar por uma revisĂŁo de mĂ©todos psicolĂłgicos e educativos para dar base Ă s anĂĄlises e conclusĂ”es; e que possam enquadrar e situar aas pessoas em seus estados de maior potĂȘncia de desempenho. A Teoria de InteligĂȘncias mĂșltiplas por exemplo, resguarda muito bem este olhar nĂŁo discriminatĂłrio e que mostra que Ă© possĂ­vel ser considerado inteligente em suas diversas potencialidades. É importante nĂŁo considerar definitiva uma certa anĂĄlise e nĂŁo enrijecer os limiares e as distinçÔes como se fossem imutĂĄveis e sim e passĂ­veis de recontextualização. O que tambĂ©m nĂŁo pode ser dissociado dos estudos, ao meu ver, sĂŁo as formas de se relacionar entre as pessoas que Ă© um fator essencial de inteligĂȘncia.


Vejo que no contexto escolar, ainda temos muito a avançar nos mĂ©todos de ensinos das escolas onde ainda se vĂȘ uma busca incansĂĄvel de inteligĂȘncia acadĂȘmica sem explorar as potencialidades dos alunos tendo em vista a correção ou compensação das ĂĄreas de dĂ©ficit. Ensinar aos alunos o uso de suas capacidades analĂ­ticas, criativas e prĂĄticas sem dĂșvida irĂĄ gerar descobertas de potenciais incrĂ­veis da potencialidade humana.

 
 
 

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